DUDA E A SALADA LÍQUIDA

Hoje eu vou falar desse fenômeno que acontece lá em casa!
Pra quem não sabe, eu tenho 3 filhos:
Murilo de 16 anos
Ana Luisa de 14 anos e
Eduarda de 1 ano e 7 meses.

Os 2 primeiros da lista quando pequenininhos sempre foram péssimos pra comer. O que não é muita novidade, afinal o número de mães que reclamam: "Meu filho não come", "Meu filho só quer porcaria" é enorme!

Lá em casa, com o primeiro, passei muito sufoco. Primeiro porque quando ele nasceu eu era uma rapariga de 18 anos que não sabia nada de cozinha, frutas, legumes, verduras, bebês e suas necessidades, o que me causou um problemão. Meu filho desenvolveu anemia, séria. Precisou fazer tratamento e eu precisei aprender alimentá-lo direito. Precisei trocar as várias mamadeiras de leite por papinhas com bife de fígado, verduras, feijão, arroz e frutas. Ele já estava com uns 4 ou 5 anos e eu te pergunto: Como mudar os hábitos alimentares de uma criança de 5 anos, acostumada a não comer nada disso?

Não consegui mudar não! Ele foi se adaptando, tomando complemento alimentar, ferro, vitamina e foi crescendo. Hoje está com 16 anos e continua com péssimos hábitos alimentares. Tenho culpa? Sim, tenho sim! Me culpo por isso? Sim, me culpo. Porque ainda tinha a Ana, a diferença de idade entre ela e o Murilo é de apenas 1 ano e 10 meses, portanto os dois receberam a mesma alimentação. Embora ela nunca tenha apresentado problemas médicos como ele.
Será que era porque ela comia brócolis como ele tomava mamadeira? Ou talvez porque ela tenha sido mais obediente que ele. "Ana, come tudo" e ela comia todo o arroz, todo o feijão e todo o brócolis.

É, ela realmente era mais fácil de lidar.

Nessa época eu era bem gordinha, uns 20 kg a mais, o que já entrega que eu também não comia direito. Só fui acordar pra importância da alimentação quando precisei mudar de cidade e de emprego (conto essa história aqui).

É aí que entra a minha terceira (e última) filha, Eduarda. Quando fiquei grávida dela eu já havia passado pela reeducação alimentar, sabia o que era saudável, sabia o que comer, sabia, mas mesmo assim engordei 30kg na gravidez (pensamento de grávida: ah, tô grávida vou comer mesmo).
Enquanto os meses passavam e a Eduarda crescia dentro de mim eu pensava: assim que ela nascer eu vou sair da maternidade e correr pra academia e vou fechar a boca e vou comer só salada e vou emagrecer e vou vou vou vou e fui!
Fiz isso mesmo! Assim que ela nasceu eu voltei a comer direitinho e comecei a pesquisar receitas de papinhas saudáveis pra ela. Eu não queria passar o mesmo perrengue que passei com os outros, né?

Assim que os médicos liberaram a papinha pra ela, por volta dos 4 meses, coloquei meu lado mãe gourmet saudável pra funcionar! Foram muitas mandioquinhas, cenouras, batatinhas, escarolas, chuchus, couve, brócolis, frango, carne, inhame, abóbora, arroz, feijão, macarrão, lentilha e por ai vai. Sempre fazia 3 tipos de papinhas para que ela pudesse experimentar vários sabores. Deu muuuuito certo ♥.

Hoje, com quase 2 anos ela come de tudo, frutas, verduras, legumes e adora uma salada.
Todo dia de manhã é assim, eu faço meu suco verde com couve e ela vem toda feliz pegar o dela também!
Olha aí nosso brinde a saúde, aos bons hábitos alimentares e a insistência que toda mãe tem que ter. Porque a gente não nasce sabendo, mas, por amor a gente aprende né?

Nosso suco verde de todo dia